terça-feira, 13 de julho de 2010

Kiss – Uma experiência inesquecível

foto: meu irmão e eu (Bruna Marcotti)


Kiss (ou KISS) é uma banda de hard rock dos Estados Unidos, formada em Nova York no ano de 1973. É conhecida mundialmente por suas maquiagens e por seus concertos muito elaborados - e exagerados - que incluem guitarras esfumaçantes, cuspir fogo e sangue (falso), pirotecnias e muito mais. (fonte: wikipedia.org)

Tive o prazer de acompanhar um show desta banda, que se apresentou na Arena Wembley, (que fica de fronte ao famoso Wembley Stadium) aqui em Londres. O show em questão aconteceu no dia 13 de maio. Vou dividir esta experiência com vocês:

Duas são as estações de metrô que dão acesso ao local do show, então não tive problema algum com transporte. Mesmo sem saber onde era a Arena, local do show, foi muito simples chegar lá: bastou seguir as centenas de fãs do grupo que chegavam trajados e maquiados como seus ídolos.

Na saída do metrô, algo me chamou atenção: por aqui a compra e venda de ingressos é uma atividade legalizada – ou seja, os cambistas podem trabalhar livremente. Se você deixar pra comprar ingresso na última hora, é provável que tenha de desembolçar um pouco mais e comprar na mão destes “profissionais”. Pelo menos aqui em Londres você não corre o risco de comprar um bilhete falso.

Cheguei na Arena algumas horas antes do início do show e o lugar já estava lotado. Peguei uma pequena fila pra entrar, fui revistado por um segurança que mais parecia um robô e finalmente entrei no local. A Arena tem uma ótima estrutura para atendimento ao público – conta com lanchonetes e banheiros (dentro do complexo) em número, no mínimo, satisfatório.

Depois de comprar um hot-dog e um refrigerante, dirigi-me ao meu assento. O local é bem diferente do Credicard Hall (casa de espetáculos paulistana) por exemplo. Enquanto o segundo tem uma estrutura semelhante a de um teatro, com público de um lado e palco do outro, o primeiro mais parece um ginásio, com a pista no centro (onde seria a quadra) e as numeradas em volta, em vários níveis. O Palco foi montado numa das extremidades da “quadra”. O palco aliás, estava “camuflado” - não havia nenhuma pista de que haveria um show do Kiss ali.

Depois de algum tempo de espera, finalmente o show de abertura começou. Não sei como uma banda como o “Taking Down” consegue abrir um show do Kiss. A banda tem músicas muito fracas – nenhum riff de guitarra, ou refrão, gruda na tua cabeça – e parecidíssimas (e cansativas), e uma “atitude rock'n'roll” tão clichê e forçada que seus movimentos previsíveis não prenderam atenção do público por muito tempo. Mas, faz parte do $how Bu$ine$$.

Após essa decepção e mais alguns minutos de espera, o momento mais aguardado por pelo menos duas gerações de fãs presentes no local começou. Quando as cortinas se abriram, o verdadeiro palco apareceu: grande e cheio de telões, com a bateria no alto de uma estrutura que mais parecia um outro palco dentro do palco.

A performance foi realmente espetacular – apesar da idade avançada para “rockstars”, o quarteto mostrou que ainda tem muita energia, ao manter o público vidrado (quase hipnotizado) por quase duas horas de show.

Com a voz potente e os passos de dança inusitados do guitarrista e vocalista Paul Stanley, as caras e bocas nojentas do baixista Gene Simmons e o virtuosismo (e voz não menos poderosa) de Eric Singer, a banda conseguiu suprir – e muito bem – a ausência do guitarrista solo da primeira formação, Ace Frehley.

No repertório, grandes sucessos como Detroit Rock City, I Love it Loud e I Was Made for Lovin You fizeram o público pular e cantar, enquanto Paul Stanley e Gene Simmons voavam pra lá e pra cá pela arena (pendurados em cabos de aço) e explosões pirotécnicas esquentavam o local.

Um dos pontos altos da noite foi a homenagem que Paul fez à Inglaterra, tocando Led Zeppelin. O líder da banda fez ainda um discurso aclamado pelo público, dizendo que o Kiss também enxerga as mazelas do mundo, mas que não precisamos focar nisso o tempo todo, e que aquela era uma noite de diversão.

A banda encerrou a noite com um de seus maiores sucessos, Rock and Roll All Nite, e deixou um gostinho de “quero mais”. Pra quem ainda não conhece o grupo, vale a pena conferir um de seus vídeos no Youtube, de preferência alguma performance ao vivo. Pra quem já conhece, eu digo: o show é realmente inesquecível!


Um grande abraço!
Robson Ribeiro


robsonsky@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário